Depois de 71% para
o nível básico e 42% para o médio, trabalhadores cobram compromisso de governo
com os demais setores
A campanha salarial
deste ano encerrou o primeiro semestre com uma vitória para parte da categoria.
Após mais de 9 anos, os trabalhadores do nível básico e médio garantiram
reajustes que recompõem perdas acumuladas desde 2005. No entanto, vários setores
permaneceram na expectativa como os profissionais da saúde, da GCM e do nível
universitário da PMSP. A pressão dos trabalhadores levou o governo a garantir o
compromisso de recompor, carreira por carreira, as perdas dos últimos oito anos
e a promessa de encerramento do mandato de Fernando Haddad sem perdas. Porém,
essa promessa que já começou a ser cumprida para os níveis básico e médio,
parece muito vaga para os demais que tiveram apenas 1% em 2013. O mais concreto
até o momento está na Cláusula Nona
do Protocolo assinado pelo SINDSEP e
FETAM-SP em 10 de maio, prevendo o início imediato da discussão sobre as carreiras para que as reestruturações
aconteçam para a Saúde, Nível Superior e Guarda Civil, tendo como limite,
2014.
Por
isso, o SINDSEP já organizou várias plenárias e reuniões de trabalho com o nível
universitário, elaborando propostas para a negociação. Também realizou ato em
junho que antecipou a retomada do SINP, uma vez que o governo queria deixar para
o final de julho. Na mesa central retomada, o SINDSEP garantiu um Grupo de
Trabalho (GT) do Nível Universitário para centralizar a discussão da carreira e
focar no aspecto salarial com perspectiva de concluir as discussões até o início
de setembro, antes do prazo de 30 de setembro que o governo tem para encaminhar
lei orçamentária de 2014 para a Câmara. O governo queria fazer as discussões de
forma fragmentada nas mesas setoriais com perspectivas de avançar o mês de
dezembro. Porém, aceitou a proposta do SINDSEP e já iniciou uma de quatro
reuniões do GT agendadas até o fim de agosto. Mas não nos basta espera pelas
conclusões de mesas e GTs, temos de ir para as ruas.
Em
junho, principalmente os jovens tomaram a cidade a partir das manifestações do
Movimento Passe Livre. As reivindicações culminavam na exigência de serviços
públicos de qualidade. Ora, os serviços públicos resultam do trabalho do
funcionalismo, e qual qualidade teremos sem valorização dos profissionais? Esse
é o recado que temos de levar para as ruas. Estamos em um momento de disputa
pelo orçamento municipal que nos últimos anos tem gastado menos de 30% com a
folha de pagamento quando poderia chegar a 40% pela lei municipal e até quase
60% pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Se não gasta isso é porque a opção que
tem sido feito é por terceirizações, PPPs, OSs, convênios, alternativas que
sabemos bem , gasta mal o dinheiro público e precariza os serviços. A maior
parte da população não sabe disso e temos que tornar público que a gestão
municipal precisa dar uma guinada. Estamos disputando a receita com várias
forças políticas, partidos, interesses econômicos e agora, até com o subsídio
para o transporte público. Se não formos às ruas, sabemos quais forças vão
continuar vencendo.
Por
isso, o SINDSEP está convocando os trabalhadores para o ato do dia 06 de agosto,
dia de mobilização nacional dos trabalhadores agendado pelas Centrais Sindicais,
inclusive pela CUT.
Estaremos
a partir das 10 horas em frente ao gabinete do Prefeito para darmos nosso
recado. Converse com seus colegas e venham participar. O momento é
esse!
Veja
mais sobre o ato em
http://sindsep-sp.org.br/noticias/outras-secretarias/e-a-vez-do-servidor-na-rua-2090/
Retire
no Sindsep o material impresso para distribuir na sua unidade ou
copie do site: http://sindsep-sp.org.br/sistema/materiais/95/arquivo/ato-6-agosto-2013.pdf